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"Queria tanto saber porque sou eu!Quem me enjeitou neste caminho escuro?Queria tanto saber porque seguro nas minhas mãos o bem que não é meu!
Quem me dirá se, lá no alto, o céu também é para o mau, para o perjuro?Para onde vai a alma, que morreu?Queria encontrar Deus! Tanto o procuro!
A estrada de Damasco, o meu caminho,O meu bordão de estrelas de ceguinho,Água da fonte de que estou sedenta!
Quem sabe se este anseio de eternidade,A tropeçar na sombra, é a verdade,É já a mão de Deus que me acalenta?"
Florbela Espanca - A mensageira das violetas