terça-feira, 24 de julho de 2012

"Não ser ninguém a não ser você mesmo,


num mundo que faz todo o possível, noite e dia,

para transformá-lo em outra pessoa, significa travar a

batalha mais dura que um ser humano pode enfrentar;

e jamais parar de lutar."



(E.E. Cummings)




segunda-feira, 23 de julho de 2012


no preview

                                           O Mito da caverna


O mito da caverna é considerado uma síntese do pensamento platônico.

Este mito é uma alegoria bem atual, pois revela o "mundo" das aparências. Nele há pessoas presas a grilhões no pescoço, pés e mãos, desde pequenos.Essas pessoas nunca se depararam com o "Real", com o quê de fato existe. Elas tinham apenas uma vaga ideia através das sombras e, de seus movimentos. Hoje em dia, vivemos numa caverna como a do mito, pois vivemos do que está aparente, não tendo o real conhecimento das coisas nem do "Outro".Temos a ideia superficial das pessoas e das coisas, quando digo "temos apenas uma ideia, não digo todo mundo, contudo a maioria das pessoas pouco se conhecem, pouco sabem uma das outras. Vivemos na superficialidade , e o mito fala justamente do superficial, do aparente, da ilusão.
     
Os grilhões simbolizam nossas "amarras" psíquicas, temos ideias pré estabelecidas, ideias arraigadas em nosso inconsciente coletivo. Estamos presos por ideologias disseminadas e impostas pela mídia e pela sociedade. Nossas ideias estão atadas e sem que percebamos somos coagidos a pensar e agir de acordo com a imposição da sociedade, que coercivamente nos dita tendências, ideias e sonhos.
Somos o tempo todo atacados, agredidos, forçados inconscientemente a nos moldar e, assim, nos despersonalizamos. Somos forjados, manipulados, moldados, perdemos nossa identidade no meio da multidão, já que temos que nos adaptar as demandas da sociedade, temos que nos adequar aos moldes pré estabelecidos e previamente ditados pelo coletivo.

             No mito um dos presos consegue se libertar dos grilhões, (que simbolizam os pré conceitos, pré julgamentos e, tudo o mais que representa a prisão intelectual, quando não há profundidade de conhecimento) e tem a responsabilidade de voltar para a caverna e libertar os que ficaram presos. O quê acontece, ele volta e compartilha do saber, conta da experiência que teve fora da caverna, porém, os prisioneiros não acreditam nele, porque estão "aprisionados" nas ideias, não conseguem se libertar dos conceitos pré estabelecidos nesses longos anos na sombra dos fatos reais. Uma vida inteira na superfície das coisas, os presos não possuíam a capacidade de compreender a profundidade  do que de fato existia além do imaginário, além das sombras projetadas nas paredes da caverna.



no preview


Atualmente, as pessoas estão atadas, a maioria não sabe de fato quem é, quem são as pessoas que as circundam.O desafio do ser humano é ser humano.Precisamos nos voltar para nós mesmos, refletirmos sobre quem somos, o quê nos tornamos,precisamos pensar no "Outro", quem ou o quê está a nossa volta.


O mito nos instiga a pensarmos por nós mesmos, nos  inspira a ir além das aparências e, não simplesmente aceitar o que nos é imposto, nos convida a nos libertar dos grilhões de tudo que nos prende e oprime.
Ele nos propõe a irmos além das sombras das pessoas e das coisas, ou seja, sua proposta é de nos liberarmos de tudo que não nos permita ir além do que parece ser real, propõe que olhemos as pessoas e as coisas por novas perspectivas, como se nos impulsionassem a nos dar novos olhares para as pessoas e as coisas.





Caverna








































quarta-feira, 18 de julho de 2012


segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Algo mais sobre os Gatos Co-Terapeutas





Nosso projeto de trabalho no Centro Psiquiátrico Pedro II não tinha a intenção de proteger o animal. Nosso propósito visa relacioná-lo com o homem. Doar afeto àqueles seres solitários aos quais muito poucos homens ou mulheres sequer dirigiam uma palavra ou um gesto amigo.
A história do animal como co-terapeuta ao nosso serviço foi o motivo central de meus maiores sofrimentos como psiquiatra naquele Centro. Distinguiram-se nestes trabalhos de co-terapeutas com animais, as colaboradoras: Maria de Nazareth Rocha e Dalva de Araújo.
Observei que aos resultados terapêuticos das relações afetivas entre o animal e o doente eram excelentes. Mas era difícil que essa idéia tivesse campo para desenvolver-se. No Brasil a aproximação entre terapeutas, ao contrário, afastava o animal do doente, sob alegações inconscientes. Compensadoramente, amigos distantes foram solidários: o prof. Boris Levinson, psicanalista americano, comentou por carta esses fatos ocorridos no Brasil, como a expulsão, o envenenamento ou morte contra os animais. Eis um trecho da carta: "Sem dúvida, para muitos desses doentes, os animais eram sua única linha de vida para a saúde mental".
Outro pesquisador, da Universidade do Estado de Ohio, prof. S. Corson, enviou-nos resultados de pesquisas com esquizofrênicos e cães desenvolvidas por ele e sua equipe "com extremo rigor para estabelecer princípios e limites no uso de animais em psicoterapia". Apenas dois não melhoraram, dentre trinta casos citados.
O que se tem observado é que animais como cães, gatos, peixes e pássaros são requisitados como novos terapeutas em hospitais franceses, canadenses, americanos e suíços, depois de ter sido constatado que eles são indispensáveis à melhora ou a cura dos portadores de várias doenças.
Há animais que permanecem no hospital em sua função de co-terapeutas e outros participam de visitas organizadas a hospitais afim de levar vida e calor a esses frios lugares.







O gato desafia também os cientistas por seus comportamentos difíceis de explicar. Os cientistas professores H.Precht e Elke Linderlaub fizeram alguns experimentos com o objetivo de investigar o comportamento de orientação dos gatos. Procederam da seguinte forma: encerraram um gato num saco opaco e daí levaram-no a um laboratório completamente escuro. Posteriormente, levaram o saco contendo o gato para dar voltas e reviravoltas pela cidade, em sentidos diferentes. Mas tarde, abriram o saco num labirinto que possuía vinte e quatro saídas. Esperaram para verificar qual a saída que o gato escolheria. A experiência foi repetida pelos cientistas com mais 142 outros gatos. A grande maioria dos gatos seguia a mesma direção que os conduzia à casa onde habitavam.
Quando homens de má índole querem libertar-se de ninhadas de gatos, ou mesmo de gatos não desejados em suas residências, costumam proceder desta mesma forma, isto é, enfiam os gatos em sacos e os abandonam em regiões distantes e inóspitas. Mas os malvados têm grande surpresa de verem os gatos voltarem, após longas e duras caminhadas durante vários dias. Acreditavam ingenuamente que aquele abandono fosse suficiente para se desfazerem do animal. Esse retorno permanece um fenômeno  ainda muito misterioso.
Foi o estudo do funcionamento das vibrissas no ser humano que levou à descoberta do radar. Alguns cientistas vêm dedicando-se ao estudo das especiais potencialidades dos bigodes dos gatos que lhes parecem dotados de capacidades semelhantes às do radar, isto é, habilidades para localizar objetos imóveis ou em movimento, medir-lhes a velocidade, captar-lhes a emissão de microondas moduladas, bem como analisar as mínimas pulsações emitidas pelos objetos.
Experiências científicas revelaram que o sonho é elemento necessário ao funcionamento da vida psíquica, tanto no homem como nos animais e talvez principalmente no psiquismo do gato.
O estágio do sonho REM (movimento rápido dos olhos) que é associado ao ato de sonhar, não é particularidade exclusiva do ser humano. Tem sido observado também no sonho de quase todos os animais mamíferos, sendo especialmente estudado nos gatos. Desde que os prive do sonho REM nos experimentos, os gatos mostram evidentes perturbações do seu habitual comportamento. Sob todos os pontos de vista, parece que a etapa REM do sonho é biologicamente essencial.







Não só o estudo dos mitos e suas significações nos ensina sobre a dinâmica da psique na sua profundeza, como também a interpretação dos sonhos, isto é, das imagens que neles se configuram em símbolos.
Durante o sono, refletem significações reveladoras de ocorrências inconscientes de problemas que perturbam o funcionamento normal da psique do sonhador.
Citaremos aqui dois sonhos de pessoas nos quais o gato é o personagem principal, figurando como emissário do mundo interno feminino, ao mesmo tempo imagem simbólica e instinto.
Apresentaremos nesse mês, o primeiro sonho.
" A sonhadora fica surpreendida de encontrar em seu quarto dois gatos pequenos muito magros. Põe um pires de leite para eles. Mas os gatos são tímidos e hesitam. Um deles foge amedrontado, enquanto o outro aproxima-se com precaução e bebe o leite.
Este sonho apresenta em imagens o início do processo de aproximação entre consciente e os emissários do mundo feminino inconsciente.
Oferecendo leite aos pequenos gatos desnutridos, a personalidade consciente dá um passo em direção ao inconsciente, toma a disposição de cuidar dos instintos desprezados. Entretanto esta aproximação não se realiza sem hesitações e recuos por parte do inconsciente, pois em experiências anteriores, muitas tentativas já devem ter sido frustradas."
Fonte:pelosepatas.com.br

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Terapia com Gatos


Recentemente, o gato foi considerado um bom animal de terapia, pelo que a sua utilização na recuperação de pessoas com dificuldades, essencialmente psicológicas, é cada vez maior.
Sendo um animal dócil, pequeno e amável, não é difícil o afeiçoamento dos pacientes ao “co-terapeuta”, que aumenta a confiança dos doentes em si próprios e lhes estimula o sentido de afeiçoamento.
O contacto físico do ser humano com este animal tão adorável reduz, de imediato, o stress da pessoa em questão. Desta forma, o simples facto de acariciar o animal reduz a pressão arterial do doente, o que, por si só, já é uma grande ajuda.


Estes animais de terapia são excelentes companhias para as pessoas idosas que relembram os momentos que passaram com os seus “amigos”, ainda que sofram de graves falhas de memória e de pouco mais se consigam lembrar. Ainda para mais, acariciar o animal obriga os idosos a movimentarem, pelo menos os membros superiores, exercitando-os levemente. O ronronar dos gatos e o seu calor no colo dos pacientes é uma grande ajuda para que os idosos se sintam bem acolhidos, aceites e, acima de tudo, amados.Também crianças com autismo podem usufruir da ajuda destes “amigos de quatro patas” e sentir o seu carinho.
Fonte:gatosnews.blogspot.com