terça-feira, 13 de outubro de 2009

Triste, tão triste
rosa estava
que pouco a pouco
do Cravo se afastava

O Cravo não entendia
também, como podia
Mal se conhecia
O auto conhecimento era algo
desconhecido e obscuro

Já a Rosa sabia
pois tantas vezes
despetalada, massacrada fora
Desiludida estava
Entretanto
Ao conhecer o Cravo
nem pôde esperar
que fosse mais um
a despedaçar seu frágil coração

Como podia ser
o Cravo, tão doce, tão carinhoso, tão apaixonado
ser capaz de tamanha indelicadeza e
incapaz de entender que a Rosa
Não queria nada demais
Só amar em paz
Sem brigas, sem conflitos
Só paz
e
amor
claro, muito amor!

A Rosa desiludida
desapareceu um mês

O Cravo sentiu sua falta
contudo, não conseguia ainda
se conciliar com seus conflitos internos
e, mais uma vez afugentou a Rosa

Nessa estória o amor só terá vez, se o Cravo
permitir que ele faça de seu coração sua morada


Não há mais nada que a rosa possa fazer.
Pois, lhe faltam forças e ela nào vê mais porquê
chegou no seu limite, exauriu-se.

E, se bem conhecemos o Cravo, ele mais uma vez
vai pedir um tempo e, refugiar-se no medo e em sua covardia

A se a Rosa fosse fria, e o rejeitasse como ele precisa
Ele não merece, mas precisa!
Precisa tentar ser menos áspero, menos racional
Porém, parece que ele mal escuta seu próprio coração
que está sem voz de tanto berrar por sua atenção

A Rosa não é uma flor qualquer, é apenas uma flor
que nào quer e nem aguenta mais tanta dor

E, do Cravo ela não quer distância
Contudo, é isso que ela irá lhe presentear

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